quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Resultado da Sondagem "Nome Mais Ultrajante da Língua Portuguesa"

O espaço de tempo compreendido entre dia 18 de Janeiro (fecho da votação) e hoje foi inteiramente reservado à colecta de dados e sua consequente interpretação.

Quando a iniciámos, em meados de Dezembro, tínhamos como único objectivo determinar qual o nome "abortador", isto é, aquele que "elimina" a criança antes de esta nascer, embora primeiramente a nível emocional e apenas depois a nível geral, quando esta, na sua adolescência conturbada recorre ao cessar voluntário de todas as suas funções vitais, não sendo capaz de esperar 3 anos para poder mudar legalmente a sua denominação dado que, de certo modo, o seu nome ultrajante seria já intrínseco da sua própria natureza.

Falemos de resultados. Apesar das nossas inúmeras tentativas de apelo ao voto, o público revelou-se relutante em cumprir o seu dever cívico, talvez por considerar que, ao escolher uma opção estaria a insultar alguém que conhece ou não, tornando-se a participação activa na sociedade um dilema do plano da consciência, se tomarmos em conta a relevância nacional desta sondagem.
No total 0 (zero) votos foram apurados. Não acreditamos que tenha havido uma competição tão renhida que impossibilitasse uma decisão. Certos nomes, dos 20 finalistas, podem facilmente ser considerados como muito menos ultrajantes que outros que os acompanharam até à última fase da sondagem.

Desta forma, e visto que somos nós, César Editoras, os detentores dos especialistas, dado que nenhum voto foi concretizado o voto de qualidade pertence-nos.
E não será de maneira alguma surpreendente a escolha que fizemos: Mauro. Mauro é, oficialmente e irrevogavelmente, o nome de pior gosto da língua portuguesa, reservando para si total uso do seu merecido cognome "O Abortador", passível de ser utilizado até ao nascimento efectivo do nado morto.
Mauro é, para nós, auto-explicativo. Não há uma característica única do nome que o torne assim tão desagradável, é meramente o conjunto de vários itens inexplicavelmente repugnantes que tornam esta opção tão horrível.

Mas que significa Mauro? Qual as suas origens? Porque razão são estas tão odiáveis?

Mauro vem de 'Mouro' que, num sentido bastante lato, significa também, diz-nos a Wikipedia, 'Preto'.
Se é desta origem que o nome Mauro obtém o seu nevoeirento e feio cariz não sedutor e repugnante, deixamos ao escrutínio do caro leitor, não fazendo qualquer espécie de comentário específico que nos possa colocar numa posição desconfortável. Esses dias hão-se ido, por hoje.

É Oficial: Mauro é, portanto e de facto, o nome mais ultrajante da língua portuguesa! Congratulações!



César Editoras



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A Defenestração

Para aquele que desconhece a palavra e portanto a prática, a Defenestração poderá soar como uma actividade de cariz sexual na qual uma das partes não demonstra consentimento, ou seja, uma subcategoria da agressão sexual.

No entanto a Defenestração não é mais que o acto de arremessar um indivíduo de uma janela com a intenção de lhe proporcionar desconforto, seja do rés-do-chão, seja do vigésimo andar. O conceito é simples, a concretização poderá trazer algumas intempéries para o defenestrador, mas essencialmente para o defenestrado.
Talvez ainda não se tenha apercebido, mas a Defenestração parece ser uma ordem natural da vida, um objectivo, uma condição inata do ser humano, embora a janela, em si, não seja um produto natural da Natureza, exceptuando a janela temporal, que o é, embora apenas a nível conceptual, visto que será necessário um ser inteligente para definir essa janela temporal, o Homem, que é um produto natural. Talvez a lógica o tenha baralhado mais a si do que a mim, mas aquando da escrita destes versos tudo se passou muito depressa na minha cabeça e tudo se encadeou correctamente. Regressando à Defenestração e às suas origens naturais, o arremessar pessoas de locais altos foi sempre uma forma de provocar lesões sérias ou o cessar total de funções vitais sem as encarar directamente, visto que, na maioria das vezes, o sujeito demoraria a perfazer o baque e os seus carrascos ter-se-ião voltado e fugido, evitando qualquer análise sensorial assente na visão e audição que lhes pudesse causar um desconforto desnecessário. Não vos chateais!
Hoje, devido ao rápido avanço das tecnologias, um Homem é capaz de se auto-defenestrar, tomar a Defenestração nas suas mãos e termos. Embora seja geralmente uma situação última e derradeira, na qual o arrependimento de velocidade de cruzeiro é tardio e inútil, o defenestrado não só sente o vazio provocado pelas situações que o conduziram à sua decisão, mas de igual modo porque, de uma forma completa este não é inteiramente defenestrado. Não precisará o defenestrado do defenestrador? Não serão eles um todo que os ultrapassa, de nome Defenestração? Pois claro que sim! Dirá o jazido e espalhado, na sua carta aos seus entes, que faleceu defenestrado...mentir-lhes-á? Irá convocar uma investigação infrutífera que apenas corroborará a sua omissão, a sua última grande obra de relevo nesta terra onde agora é um agente da Lei de Lavoisier? O defenestrado exige o defenestrador! Tal como uma pessoa que se embebeda, escorrega e cai em cima de uma garrafa de champanhe, colocando-a no seu todo dentro da sua ampola rectal e mentindo (de novo! olhai só!) aos docentes hospitalares alegando moléstias ou práticas sexuais ousadas, o defenestrado não pode ser considerado como tal se não tiver sofrido efectivamente acções externas, que no seu caso e não no análogo (obrigado) poderão ser conseguidas com ou sem o seu consentimento.
Num modo geral, isto é, geralmente, abrindo a lente observadora de forma ampla, o defenestrado e o defenestrador lutam por aclamação. Não é fingido, este facto, está nos mais limpos dos pratos. Estes, no seu futuro próximo poderão ser feitos de pólos antagónicos, não só dada a sua clara disputa ideológica, como também a força e a fraqueza divergente. O defenestrado, no momento da sua queda e momentos vindouros poderá não receber qualquer género de apoio, recebendo-o mais tarde aquando da evolução dos tempos, que concedem à humanidade as faculdades mentais necessárias à compreensão dos motivos da vítima, que, dessa forma são fulcrais à repressão moral das motivações do defenestrador. Desta forma, e de uma maneira geral, no momento do acto, o defenestrador recebe o mais devido reconhecimento, enquanto o defenestrado jaz irreconhecível. Tibério, cuja queda motiva ainda visitas ao local, deslumbrante e magnífico, na ilha italiana de Capri, é hoje considerado um homem vil, mas a sua autoridade adveio das suas práticas nefastas à saúde daqueles que o desafiavam. Caídos no mar, ou na água, os indivíduos, defenestrados ou não, visto que a existência de uma janela não alteraria o seu destino, terminariam de modo rápido, sendo a sua espera pior que os 7 segundos que no ar permaneceriam.

A Defenestração, que tema! Em baixo indicamos algumas que consideramos notórias, pelas razões que os senhores deduzirem:


  • 1383: Dom Martinho, em Lisboa.
  • 1640:  Miguel de Vasconcelos, Lisboa, Secretário de Estado de Filipe III de Espanha.
  • 1993: Garry Holly, Toronto, advogado que, desejando demonstrar que a janela do seu edifício era inquebrável, saltou na sua direcção partindo o vidro e caindo para o seu fim.


André Lazarra, Consultor Linguístico.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

2000,00 Visualizações

Pela primeira vez na sua vida a César Editoras atingiu as 2000 visualizações no seu site oficial. Não sabemos se se voltará a repetir, portanto celebraremos já.

Quando, a 29 de Setembro de 2014 ultrapassámos heroicamente a barreira intransponível das 1000,00 vistas não pensámos, em menos de um ano atingir as 2000. E tínhamos razão. Hoje, a 15 de Janeiro do ano de 2016 finalmente concluímos o pedido.

Agradecemos, como sempre ao leitor que nos apoia e suporta financeiramente. O seu apoio incondicional tem sido crescente nos últimos anos, e, cremos nós, temos vindo a abranger novos mercados e a expandir, principalmente devido à palavra, os nossos horizontes.

O próximo passo, sejamos realistas, são as 2070 visitas.

André Lazarra, Consultor Linguístico

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Planos Para Janeiro

Na segunda e última quinzena do mês de Janeiro iremos iniciar uma labuta vasta e intensa tendo em vista objectivos delineados no início do ano. Sendo, para já, o maior projecto o aguardado PPAF 3, também nos comprometemos a lançar um disco temático de Páscoa, contando com a participação de todos os nossos membros. Lazarra, via Emerge-Me!, via Bandcamp, irá também provavelmente lançar um novo álbum e mais tarde no ano possivelmente irá revelar Lados-B que não foram suficientes para entrar na compilação final.

O ponto de partida para o sucesso, digamos, é o agora estável staff da César Editoras. Não a nível emocional, aí continuamos os mais instáveis e constantemente a ser relegados de divisão.

A nossa Wikia, que se encontra actualizada até cerca de Abril de 2015 será violentamente completa, não só cronologicamente, como também em termos de eventos que foram apenas referidos e não explicados e expostos através de uma única merecida página.

Iremos também analisar uma proposta interessante que recai sobre o Merchandising. T-Shirts da César Editoras, dizei vós? Talvez. Assim que um separador de nome "Merchandising" aparecer no topo da página sabereis que o projecto é sério, mas quase certamente não em série, dado o nosso orçamento anual negativo.

Uma ou outra viagem será eventualmente considerada e planeada.

Temos andado com problemas no único computador que possui toda a nossa informação, havendo este ido para o hospital dos computadores há um mês. É verdade, estamos por um fio nesta área e, caso tudo decorra suavemente, tomaremos este incidente como uma valente lição!


Lenocínio Baptista, Advogado Estagiário


terça-feira, 5 de janeiro de 2016

"Por De Dentro?", por Lazarra/Baptista

Para a revista "Sabores de Parede de Cravo"


"Por de dentro? Ou por dentro? Na sua retaguarda? De fora? Pelo de fora de? Através do qual?

Todas estas são perguntas que preenchem o nosso dia a dia, certamente. Muitas não terão resposta, visto que se referem a vários temas e são proferidas por várias pessoas. Mas porquê? Ah, esta aparenta-se mais específica! Nada temais caso oiças um som forasteiro na tua orelha, dizia o poeta. Porque razão seremos nós vítimas das perguntas? Subjugados à indagação, recorremos às mais airosas e acessíveis para sentir a ilusão a que chamamos 'organização' e 'resolução'. Pois bem o façam! Tal como o porco que escolhe a sua descarga ulterior, aquando da falta da bolota!
Eu não temo judiarias, não promovo ou cultivo o anti-semitismo. Não temos tempo para tudo. O termo, Judiarias, possui carga negativa, pelo que um aldeão que saiba da orientação religiosa de um judeu, confunde o seu crer com uma judiaria, por não saber o que é uma e de onde advém a outra. Nós não tememos os judeus, no mundo, e eles já não temem o cinzeiro! Se esta asserção logicamente acessível vos há confundido, permiti elucidação. A judiaria possui razão, fundamento, conceito que não é já alterável, apenas soberbamente (ou seja, de forma soberba) obsoleto, porquanto o camponês o transvalora de forma incorrecta! Aquando da tentativa falhada de 43 o usurador narigudo havia por todos sido colocado no bico de gás, pois vários recusaram neste repousar seu olhar. Que bela ideia! Ou pretendeis o seu total desaparecimento ou desejais dar-lhe um complexo de inferioridade e uma limitação que este usará para o resto da sua existência, cujo fim é sempre primeiramente demasiado breve, para depois se tornar longínquo, para após o primeiro ciclo concluir a sua existência, este se repetir até a razão governar neste mundo que um punho forte em seu estômago necessita. O meio termo arruína, e que forma de actuar! Quantos erros necessitais para determinar a solução? E quem sois afinal? Quem toma as decisões afinal? Mais perguntas? Que não terminam com a ilegalização do ponto interrogativo?
Irei partir a cara a este bebé!"

André Lazarra / Lenocínio Baptista, in "Diálogos da Montanha", 2015/12/27


NB: Se Lazarra e o nosso advogado estagiário se encontravam inebriados na altura da escrita e entrega, não sabemos. Sabemos apenas que é extremamente provável. Em relação à última observação, avançamos que temos comprado todos os dias o Correio da Manhã para sobre a veracidade desta afirmação mais respostas angariar.

    César Editoras, ou parte desta