sábado, 31 de outubro de 2015

A Intervenção César-Editoriana

Intervimos! Intervimos imediatamente!

Nesta altura de mudança irreversível à qual chamamos modernidade a César Editoras, isto é, o seu núcleo sente a necessidade de se impor e deixar certos aspectos da sua passada, presente e futura existência bastante claros.

Olhando para trás, leia-se aprendendo, uma pessoa conseguirá imediatamente distinguir os tempos vividos e a velocidade à qual estes se alteram. Dizia, no início da década de 60 Robert Zimmerman quanto os tempos mudavam, não sabendo ou imaginando o quão certo estava e quão grande era a sua afirmação, tão maior que si, e tão maior que nós todos. Zimmerman chegou negar adaptar-se aos tempos, anos mais tarde na década de 80, mas a revolução, como o padrão nos ensinou, devora os seus filhos!

Daqui em diante, conspurcar-nos-emos inevitavelmente. Regidos pela superficialidade do comentário gratuito, que o denigre, motivado pela inexistência do conceito de consequência e guiado pelas alarmantes e viciantes redes sociais, nas quais a César Editoras se inclui custosamente desde o ano passado, o ser humano destina-se ao suicídio não-voluntário, à negligência e à ignorância, aproveitando todos os pequenos momentos para evitar os grandes, embebendo-se no torpor alcoólico da conversa fiada que o destrói, corrói e limita, guiando-se por clichés e frases que de si mesmo não vieram, buscando inatamente o conformismo e aceitando tudo o que lhe convém de bom grado, negando que nada lhe convém, como foi estabelecido há 15 biliões de anos!

Nunca a César Editoras se posicionou tão seriamente! Ouvi-de-nos com ouvidos de ouvir e não com a atitude passiva e progressivamente curta do século XXI, não suspeitais que não vos conhecemos?

Mas não são necessários olhos para se ver, é necessária a cabeça, a gnose e tudo o que daí advém! É necessário olhar para cima e ver infinitamente, não parar na miragem de Deus, e continuar! Chegar mais longe para não chegar a nada! Atingir o fim dos nossos dias ansiando por mais, admitindo essa utopia e, enraivecidos pela criação, que não vos é um direito, indagar se soubésteis observar de forma crua o ninho de vespas infinito onde nascêsteis! A ilusão é apenas boa quando todos estamos iludidos. Mas se todos estamos iludidos, não fará sentido admitir que o estamos e procurar sair da ilusão, ou seja, posicionar-se vantajosamente e atingir um lugar soberbo, que nos trairá através da sua essência? O conhecer é um sofrimento constante, e muitos escolhem "conhecer" aquilo que os impede de sofrer, não sabendo que esse não é o significado de conhecer, mas apenas de "ignorar"! Nobre é aquele que escolhe ignorar, quando o caminho que traçou o leva a isso. Fundamentalmente, todos ignoraríamos, se uns de nós não estivessem ainda nas mais escuras trevas! No fim, não é a ignorância que nos salva, mas o saber ignorar, dois conceitos demasiado distantes entre si, pois um requer falta de conhecimento e interesse, o outro requer um interesse e conhecimento quase total que desemboca na mais fundamentada das desistências.

Havendo abordado repentinamente uma situação que não será o nosso futuro - estamos já para lá do rubicão - chegamos à conclusão. Não existe no momento qualquer tipo de provas que nos levem a acreditar que possamos resistir moralmente às constantes evoluções e progressos ambíguos e de consequências de saldo negativo que nos abordam diariamente.
Olhando, e infelizmente somos obrigados a especificar, para os jovens corrompidos e vagabundos que irão falhar nas tarefas mais básicas do seu futuro, cremos que este se aparenta desgraçado e incerto. E, de novo, se devolve ao leitor o seu mais importante desafio: entender a diferença entre saber ignorar e a ignorância em si. No seu fim, ambos serão destrutivos, mas já não é sequer o conhecimento que estará em causa nessa altura, será a dignidade, que alguns comportarão sabendo que nada puderam fazer enquanto minoria sapiente e que outros fingirão comportar, aliando-se às massas e caindo ainda mais inevitavelmente, enterrando-se assim numa panóplia de sentimentos brandos e irreflectidos, superficiais e animalescos que os guiaram a vida inteira, sem nunca, estes indivíduos, os terem conseguido domar!


O fim afigura-se imediato! Uma morte lenta e indesejável recairá sobre todos, por via da maioria, que se revelou incompetente na sua arte da retrospectiva, e desobediente das suas potenciais faculdades mentais!

Um enorme passo para um homem, um insignificante passo para a humanidade!


César Editoras




quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Contrataremos Uma Mulher

A diversidade de ideias parece não ser suficiente para motivar os nossos trabalhadores neste momento, e ao que parece se não levarmos a montanha a Maomé, Maomé obrigará a montanha a vir a si.
Sem desejar entrar em disputas legais, das quais apenas uma pena prisional poderá sair, decidimos ir em busca de uma mulher, que com certeza absoluta trará estabilidade à estrutura desequilibrada da nossa empresa.

Ao contrário da opinião maioritária uma mulher poderá trazer alguns benefícios ao ambiente no qual entra, sem se contrariar as suas vontades ou corromper os seus direitos.
De facto, quando se matuta sobre uma mulher entrando no mundo empresarial é possível pensar-se que esta é, no fundo, a contratação da diversidade, e não uma escolha racional necessariamente pretendida pela empresa. Não nos afastamos inteiramente deste conceito que consideramos tanto polémico quanto válido.

Mas, afinal, quais são efectivamente as vantagens da contratação de uma pessoa do sexo feminino, para além daquelas previamente referidas?

-Causam boa impressão a clientes, numa proporcionalidade directa entre esta última e nudez.
-Dada a sua deficiência biológica cientificamente comprovada por homens capazes de o fazer esforçam-se mais e com maior regularidade.
-A sua objectificação provoca conversas interessantes entre colegas de trabalho, promovendo a integração e coesão.
-Algumas são bonitas, muitas destas desesperadas por subir na hierarquia da empresa


Desta forma, se estiver a ler esta mensagem, for fêmea, estiver interessada em entrar no prestigioso concurso e possuir algumas das qualidades acima enunciadas, contacte-nos sem demoras!
Para além das qualidades descritas, se, na improvável situação de possuir mais do que aquelas que consideramos possíveis, las-nos-envie!
As suas tarefas variarão e serão definidas na altura, dependendo das vontades dos nossos clientes e empregados.

andrelazarracesareditoras@gmail.com

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Joaquim Orduras, Rei da Escalada

Embora possua barriga consideravelmente atordoante para um homem ainda longe dos seus quarenta anos, Orduras, poeta foi recentemente considerado por uma revista minhota como o 'Rei da Escalada'.

"Escalada", adianta o artigo "não se refere à actividade física que nós tanto desprezamos, mas sim à rapidez com a qual os breves poemas de Joaquim Orduras chegam a um ponto de não retorno de grosseirismo e escória incalculável".

Está claro e está correcto.

Note-se o poema 'O Cardo', que se inicia com uma inoportuna descrição de um cardo.
No seu final súbito uma situação crassa de um tio que engravida "su'sobrinha" atinge o leitor na vista de forma inesperada.

Comentando, Joaquim Orduras desmistifica:

Esta, ao colher o espigado cardo
Recebe o castigo adequado.


Lenocínio Baptista, advogado estagiário

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

César Editoras no AOTY

AOTY (Album of the Year) é uma plataforma na qual vários álbuns lançados ao longo de toda a história da música são, pelos seus utilizadores, classificados e comentados construtivamente. Existe também uma classificação dedicada a meios de comunicação importantes cuja opinião é igualmente válida, sendo que a comparação entre estas duas "facções" pode promover estudos interessantes. Essencialmente porque certas entidades, como a Revista/Site The Rolling Stone é, apesar do seu mediatismo, "uma cambada de vendidos" (Palavras de André Lazarra).

Todos os membros participarão livremente, sendo que algumas críticas poderão ser partilhadas ou divididas em duas opiniões distintas que irão certamente confundir o leitor que não nos conhece.
Se é iliterado e portanto não versado na língua anglo-saxónica respeitamos a sua condição se respeitar a nossa já demonstrada opinião, não tendo em vistas traduções oficiais.

Com esta recente adição passam a ser 5 as redes sociais nas quais nos encontramos:

Facebook, Instagram, Wikia, Zomato, AOTY

VISITE-NOS IMEDIATAMENTE!

http://www.albumoftheyear.org/user/cesareditoras/

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Jantar De Abertura do Ano Fiscal

Quarta feira, dia 23 decorreu, sem dúvida, o jantar anual de abertura do ano fiscal da César Editoras.
Todos os anos, desde este ano o temos organizado e sem certezas da existência e decorrentes datas do ano fiscal, a fome ordenou que, para nós, este fosse em meados de Setembro.

Na afamada Portugália de Belém, cuja primeira parte do nome relembra uma doença peri-anal sentámo-nos numa mesa de 5: Duarte (CEO), André Lazarra (Consultor Linguístico), Lenocínio Baptista (Advogado Estagiário), Joaquim Orduras (Poeta) e Viktor Khazyumhov (Zelador/Lava-Beco).

Passados os 10 minutos silenciosos dedicados à escolha do prato, dos quais maior parte foram passados a fingir que ainda não se havia escolhido, Khazyumhov atacou sofregamente o pão e adjacente paté. O acto deu nas viseira de André Lazarra, que já havia escolhido a recomendada Carbonnara, e este tentou impedir a concretização da gula. Como Lazarra não pretendia pagar o Couvert, "uma roubalheira" nas suas palavras, este retirou das mãos do nosso zelador o paté e empurrou para dentro do tajique o pão já deturpado. Chamando o empregado perguntou-lhe porque é que faltava paté na travessa e uma faca no seu colega do lado, ao que este, não embaraçado, lhe respondeu "minha inépcia, peço desculpa". Escondendo o paté aberto no seu casaco, o jantar retomou ritmo sem ainda ter dado prejuízos.

Sem alaridos chegaram as bebidas, sendo que duas destas entraram na conta de Lenocínio Baptista cuja primeira cerveja mandou para trás, gesto resultante de uma mudança de escolha. A espuma agora assente na toalha da mesa era sorvida também pelo sôfrego orifício carnívoro do nosso advogado estagiário que rapidamente ordenou que lhe trouxessem "mais uma dessas, e depressa."
A conversa desenrolara-se de forma casual até Joaquim Orduras, poeta, abordar a questão do aborto de forma não intencional. Antes que Viktor Khazyumhov, que ao longo do jantar ia retirando um recipiente e bebendo dele, pudesse gritar "abortar! abortar!" já estava André Lazarra em cima da questão, que levantou ao longo do resto da refeição porque nunca ninguém a quis concluir, tal era a ira do consultor linguístico. Sentado emocionalmente no lugar de Orduras, poeta, Lazarra declamava orgulhosamente as inúmeras vantagens do aborto e as incontáveis formas de o realizar, tendo num curto espaço de tempo analisado a progressão desta arte ao longo dos tempos, desde as cesarianas, passando pelas escadas e aterrando no azarado e constrangedor cabide que motivou o procedimento médico que hoje conhecemos e, em Portugal, "usamos como se de um contraceptivo se tratasse". Esta crítica entre aspas teria sido a última da noite por parte de todos os membros da César Editoras relativamente ao interrompimento voluntário ou não da gravidez. Lazarra, agora encostado cara a cara com Orduras indagava-o sobre a validade da sua ousada afirmação, dizendo, para todo o restaurante que "o aborto não é mais do que uma pílula dos meses seguintes que permite uma pila em todos os próximos!" Certas pessoas ao nosso lado levantaram-se adequadamente e no final da refeição já nem perto do bar se registava mais do que um grupo de pessoas. Desviando o olhar e tentando focá-lo no seu reflexo mais longínquo estava o nosso CEO, à medida que ia inadvertidamente brincando com a afiada faca que mais tarde cortaria o seu bife.
Orduras pedira mais uma cerveja. Lazarra pediu dois shots, sabendo o poder de enriquecimento que o álcool traria ao seu discurso. Não era Khazyumhov que iria desviar mais tarde o rumo da conversa, pois este entretinha-se a verificar no estabelecimento os sítios onde a limpeza ainda não havia chegado, mas Lenocínio Baptista que até então parecera tão importante como a sua sombra nas costas da senhora atrás de si que tanto para trás se virava, alvejando todos os membros da mesa redonda com olhares reprovadores e ameaçadores. Orduras, ignorando Lazarra que embebido no licor fraco que lhe haviam trazido discursava só haviam 10 minutos, pensou que esta moça, acompanhada pela família quereria algo que este desejava há algum tempo. Levantou-se, não quebrando o ritmo do consultor linguístico e, não desviando o olhar da senhora de sessenta e poucos anos passou de rentinho pelo seu lugar e dirigiu-se à casa de banho do staff onde permaneceu 15 longos minutos antes de regressar e condenar o seu tampão com um olhar que mais tarde viria a atingir o rapaz de oito anos que na mesma mesa deste se sentava.
Lenocínio Baptista que, como dizíamos ia fazendo um esforço tremendo para mudar o rumo da refeição, que neste momento era da responsabilidade total de Lazarra iniciou uma conversa com Khazyumhov,  que perturbou profundamente Lazarra que várias vezes olhou para todas as partes da mesa, de olhos esbugalhados, e, busca de compensação. Não a encontrando remeteu-se ao silêncio e pediu mais Sambuca.

Haviam chegado os pratos! Durante 5 minutos os olhos assentavam no comer, sem palavras proferidas ou grunhidos de deglutição difícil alcançados. O restaurante recuperava a forma que sempre conhecera. Sem demoras Lazarra, não tirando os olhos das batatas foi em busca do sal, havendo embatido nas mãos de Khazyumhov, o cúmplice. Agarrando com ímpeto o recipiente encontrou nas mãos gastas do tajique a resistência adequada. "Raios ter partam!" gritou. Viktor grunhiu e arrancou o sal das mãos de Lazarra que, com o movimento largo do seu subordinado vislumbrou no bolso interior do seu casaco um recipiente diferente, quadrado e vergado, que deduziu ser próprio para afogamento de mágoas. Pegou nele com um gesto rápido, mas motivado pelos shots que antes havia tomado, rodou a tampa, arremessou-a ao ar e despejou o conteúdo na sua goela. Tomado de novo pela traição demorou sete segundos a perceber que se tratava de álcool etílico, o que explica a reacção lenta do limpador do Beco do Julião. Este debruçou-se na mesa e apanhou Lazarra pelo braço, coberto do seu cor-de-laranja vomitado tendo depois puxado o consultor linguístico pelo braço e expondo-o em cima da mesa, impotente e multicolor. Orduras tentando, no seu torpor igualmente preocupante defender a paz meteu-se num conflito que não a gerou e acabou por ser a razão, contra a sua vontade e a favor da do tajique por detrás de um vidro partido. Os ânimos animaram-se rapidamente e apenas um minuto após a confusão decidiram intervir, em matilha, para juntos tentar dominar os animais. Conseguido Khazyumhov foi a vez de Lazarra avançar mais uma razão pela qual não se deveria embriagar. Pegando numa cadeira derrubada atirou com esta para cima do grupo renhido e colheu dois empregados que permitiram com a sua fuga repentina soltar de novo Khazyumhov.

Apenas o tajique permaneceu no restaurante, onde foi forçado a ficar para pagar a conta com os seus belos serviços, quando de manhã acordou debaixo de uma mesa com uma ressaca "filha-da-mãe". Toda a gente sumira e ninguém excepto ele pagaria os danos.

E aqui se encontra um exemplo bastante significativo da química de constante tensão na qual o staff da César Editoras vive diariamente.

Nestes momentos relembramos o Gomes, ex-advogado estagiário, que em momentos como este se revelava sempre o elo mais fraco, mas o mais forte ao mesmo tempo por ser tão ingénuo ao ponto de levar uma bala por todos os membros, ou de facto, uma bala por cada um.




terça-feira, 6 de outubro de 2015

A Posição César-Editoriana Em Relação Aos Refugiados Sírios

Nas últimas semanas, e espicaçados pelo período eleitoral, recebemos vários e-mails furiosos de leitores que não percebiam a nossa posição política claramente (apelidando-nos de Nazis) e a nossa opinião relativa aos refugiados (apelidando-nos de Filhos da Puta).

A compreensão das nossas posições passa pela compreensão da nossa história, tal como, mas em parte menor, a compreensão da história do nosso país.

Ponto 1: Posição Política

Havendo ganho a Coligação PÁF não vemos na manifestação de ideias consideradas pela maioria de radicais qualquer possível ganho, pelo que avançamos apenas que, com um certo regime com o qual somos afiliados, embora em Portugal este seja ilegal, simpatizamos meramente, admirando o método e a força com a qual este actuou. Apenas nos sentimos vagamente incluídos neste grupo por este não possuir qualquer tipo de possível futura representação política, num sistema que se diz ser "democrático".

Ponto 2: Em Relação Aos Refugiados

Portugal não é necessariamente um país atractivo para este tipo de situações, tal como a Hungria, da qual estes senhores não queriam nada. Mas se estes senhores quiserem entrar em Portugal por Espanha, não terão mais nada para encontrar de melhor assim que se depararem com o Atlântico, optando unicamente por duas opções:

1. Nadar até aos EUA, até se afogarem na nossa portentosa ZEE, responsabilizando a nossa orgulhosa pátria.

2. Instalar-se no nosso país buscando algo que na Síria não possuíam. Não podemos deixar de considerar o Beco como o local ideal para os sírios se sentirem em casa: Feio, a cair, arrojado, e local de vários assassínios numa base diária. Como estes não entendem o conceito de propriedade privada, porque nunca a tiveram, rapidamente se tentarão nidificar nas nossas quatro/três paredes. Quando chamarmos Viktor Khazyumhov para os fustigar contra o doloroso chão, estaremos a quebrar regras do Direito Internacional, não pela primeira vez, mas talvez pela última.



Resumindo, a César Editoras revela-se ambiguamente indecisa em relação ao primeiro ponto, sendo claro o segundo.


Lenocínio Baptista, advogado estagiário