quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Estatísticas 30/10/2014


É sabido, aliás, esperado que o Site pelo qual o nosso leitor demonstra raramente apreço lhe forneça dados relativos às mais recentes evoluções no seu desempenho empresarial.
Como não podemos apresentar as nossa situação financeira (apenas por motivos legais), revelamos as estatísticas referentes ao nosso trânsito dentro do site, concluindo, geralmente, aquilo que mais nos convém.

No final do mês de Outubro registou-se um aumento exponencial de 1(!) visualização de página por um país que já havia aparecido, mas que, não fugindo à regra, era ofuscado pelo poderio alemão.
Não sabemos quem és, ó polaco, mas revela-te porque com certeza serás fácil de negociar e digo isto porque se o comunismo já te esmagou, então até nós, uma empresa cuja taxa de sucesso é fixa e negativa te poderemos vergar e impingir valentes trancadas de retaguarda, até de dividires em dois, não fugindo à regra.
Progredindo, após esta dissertação criminosa, concluímos que, invariavelmente, Portugal se mantém o mais fiel país, algo com o qual nunca iremos estar completamente satisfeitos. Mas, tendo em conta a nossa constante situação, aparecer aqui um nome já nos garante alguma estabilidade, infelizmente é a única.
A Alemanha, por sua vez, país que alegadamente venceu o Mundial 2014 numa final que o senhor excelentíssimo Kim Jong-Un não viu (e não foi por não ter televisão), mantém-se estável no pódio, onde indubitavelmente não fará muita questão de estar.
Os EUA são os EUA.

Melhores cumprimentos,

André Lazarra, ex aniversariante e Consultor Linguístico.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Parabéns André Lazarra!

Parabéns André Lazarra, pelo 32º,33º, ou 34º aniversário (Não sabemos bem!)!


Gomes


Olá André. Quando te conheci, pela primeira vez, porque não poderia tê-lo feito mais vezes, percebi perfeitamente que eras procheneta. Parabéns e usa o dinheiro que a tua mãe te deu numa que não tenha DSTs!

Grande abraço,

Gomes, advogado estagiário



Viktor Khazyumhov


Здравствуйте Андрей ! Я не могу говорить по-португальски , но поздравления за проделанную работу , и я надеюсь, что , если когда-нибудь у вас есть несчастье оказаться в Украине вы можете стать официантом в кафе в Донецке , его сын от большого сука! Я был инженером в моей стране !
Но позже , поздравления и весело провести время с вашими красивыми девушками таймер !





sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Regressado do Tajiquistão

Para quem esteve atento às últimas notícias provenientes do âmago da César Editoras, estará certamente consciente, e despreocupado agora, do regresso de André Lazarra das Ásias, continete que visitou por duas vezes este ano.
O seu carisma e escoliose garantiram-lhe um lugar de pivô num canal televisivo pró-russo, no desconhecido, mas perigoso Tajiquistão.

Depois de uma viagem de 2 dias e 17 escalas de avião, André finalmente chegou a Ordzhonikidzeabad. Tendo dito apenas construções e onomatopeias suas durante todas as emissões que realizou,  o senhor Lazarra rapidamente ganhou o apreço das cinquenta pessoas que têm televisão no Tajiquistão, tendo conseguido fazer falir dois canais que realmente interessavam ao público culto do país. Mas estas pessoas não o viam porque interessava, apenas porque as fazia rir, tendo já ganho uma estrela no passeio da comédia da capital, inaugurando assim o passeio da comédia. 
Tornou-se tão famoso que conseguiu passar vários anúncios promovendo Amor De Mãe entre as suas reportagens. 
Um sacrifício que, no final de contas, não teve como benefício apenas umas semanas sem subsídio de almoço. 

Mas como o leitor sabe, a César Editoras não coloca no seu prestigiado site apenas factos que nada de interessante revelam. E, como pôde esperar, se ainda estiver a ler, o que duvidamos, desde a segunda linha, há de facto uma peripécia que merece ser contada:

E quem mais do que o próprio para contar esta bela desaventura?! O próprio:

Estava eu a terminar a minha primeira escala, que terminava na capital tajique, Dushanbe, quando oiço um enorme barulho vindo da cabine. Sem me aperceber bem o que se passava, notei que o nariz do avião se alevantava, mas que o unimotor havia iniciado uma trajectória vertiginosa em direcção ao chão. STALL.
Ao meu lado, olhando para uma fotografia da sua mulher ou do seu cão, estava um tajique bigududo que ocupava uma porção da minha cadeira também. Ao notar no meu olhar fixo na sua direcção, levantou o olhar e, incrédulo, perguntou-me algo, do qual eu só percebi "Lazarra". Anuí, como quem se identifica, colocando o polegar em riste e apenas ouvi uma série de interjeições semelhantes às que proferia diante do teleponto, que, se tivesse de adivinhar, seriam o equivalente a várias ofensas a mim e à minha progenitora.
Apontando o dedo para o jornal que segurava quase colado à minha cara descobri, entre a secção de genocídio e trabalho infantil a minha cara, com um bigode hitleriano desenhado e um enorme chapéu americano colocado na minha nuca. 
Atrás de nós, um senhor que sabia falar inglês deu-me as tristes notícias: Aparentemente, o presidente tajique, Rahmon (é verdade), tinha entendido o meu regresso como uma tentativa de fuga, e tinha dado ordens ao país para me capturar, colocando, no topo da minha cabeça, juntamente com o chapéu desenhado, uma recompensa de 4000000 das moedas deles, cerca de 25 cêntimos!
Indagando o homem sobre os seus afazeres e as suas intenções, rapidamente ele me explicou, por entre os laivos do motor machucado que pertencia ao governo, mas que desejava desertar. Elogiou-me pelo meu trabalho e coragem e salientou que sempre soube que era o homem certo para me vigiar, não fosse eu fugir do país. Não percebendo bem o que se passava naquela cabeça confusa perguntei-lhe se tinha feito mal o seu trabalho. Este, calmo e sereno, respondeu-me que não era o seu trabalho que lhe causava transtorno, mas sim a sua vida e, levantando os olhos para os céus, apercebeu-se que esta estava a acabar. À medida que os céus ficavam, mais longe, mas cada vez mais perto (imaginemos que Deus existe), as intenções de suicídio dele eram-me claras e não fui capaz de não me sentir traído,  por um homem que não conseguia viver sob um regime opressivo que lhe alienou todos os direitos que desejava, por muito importante ou fulcral que fosse.
O Fokker caía, mas não muito rapidamente. Apenas as asas não obliteradas lhe ofereciam alguma, insignificante resistência. Ainda com o Cockpit mais elevado que o resto do avião, um piloto escorreu pelo corredor central e terminou no meio de uma brecha que prejudicava o controlo do avião. Sem se aperceber que a sua dor incurável ajudá-lo-ia, este tentou soltar-se, a cerca de 500 metros de altitude. Felizmente uma hospedeira foi rápida o suficiente a interceptá-lo e, com a ajuda de um outro senhor, empurrou-o, para baixo, impedindo a sua saída.
Havendo ganho estabilidade, o bi-motor foi obrigado a fazer  uma aterragem pouco sólida e extremamente desconfortável. Ignorando os militares na pista de aterragem, o pequeno avião optou por sobrevoar os carros blindados que ocupavam a pista e desviou-se para a esquerda, tentando assim aterrar num bocado de alcatrão que fazia a ligação entre as pistas principais.
A sua pouca estabilidade não permitiu ao co-piloto manobrar a aeronave e esta acabou por entrar, a cerca de 100 kilómetros por hora pelo aeroporto a dentro. A travagem do único tripulante capaz de pilotar tal bicho, fez guinar o animal, que acabou por perder o controlo sobre si e terminou capotando e avançando, não de frente, mas de lado, tendo finalizado o seu percurso embatendo numa viga dura o suficiente para quebrar o avião em dois bocados distintos e cerca de um milhão indistintos. Eu, sentado na parte frontal do Fokker, rebolei e não fiquei bem tratado, mas felizmente, após ter sido obrigado a permanecer numa das partes do avião sem opção, percebi que a minha escolha tinha sido a correcta. A parte de trás, incluindo as asas e os motores, como também o depósito de combustível, ou seja, a parte central e traseira do avião, rodou sobre si inúmeras vezes e terminou numa bola de fogo, que seria o início do término do terminal dois do aeroporto de Dushanbe. 
Não me apercebi na altura se era o único sobrevivente, mas fui o primeiro a levantar-me da cadeira. Segui as instruções e apenas levei o que me coube nos bolsos. Apressei-me a sair, enquanto uma nuvem de fumo tóxico enchia o edifício e precedia novas explosões. Os militares agora dirigiam-se, com cautela em direcção ao fogo, em busca daquilo que lhes pagaria cinco pastilhas em Portugal. 
A minha sorte, aparentemente, parecia interminável, mas desta vez senti tê-la merecido. 
Ao afastar-me das chamas e das rajadas de balas que me sobrevoavam a nuca, encostei-me a uma coluna para recuperar o fôlego perdido, se não quando, num ápice, fui agarrado de lado, pelo colarinho da camisa e introduzido na porta à minha direita. Lá dentro a luz acendeu-se e, no meio do contraste que se desvanecia lobriguei uma figura notoriamente militar que me fazia sinal de silêncio. Obedeci, não fosse o presumivelmente tajique disparar a metralhadora que empunhava.
Depois de uns belos minutos esperando pelo silêncio dos militares fora da casa de banho que eu agora inspeccionava o militar fez-me sinal e eu segui-o. Nessa altura não sabia se seria efectivamente salvo, molestado, ou se esta estranha figura quereria apenas provar a si mesmo e ao país que havia sido indubitavelmente ele a apanhar e fuzilar o famoso André Lazarra.
Dentro do cubículo que albergava uma retrete e um lavatório, ambos corroídos pelo tempo e pelas fezes tóxicas dos seus utilizadores, ele ordenou-me que me baixasse e foi aí que eu tive as minhas certezas e medos confirmados. Eis se não quando ele pegou numa granada que me retirou um medo, mas fez-me ganhar outros. Nesta altura perguntei-me se não seria possível que os habitantes do Tajiquistão, sendo este um povo asiático, tivessem um fallus igualmente diminuto, como os japoneses ou os chineses. Talvez devessse propor uma violação em detrimento da morte certa.
Surpreendeu-me, contudo, o bem intencionado militar. Abriu a porta do cubículo e atirou a granada por esta a fora. Pouco depois da explosão saíamos pela parede do "hall" da casa de banho e entrávamos numa sala que parecia saída de um filme do James Bond, exceptuando o facto de não ser tudo cenário. Em inglês, abrindo a boca pela primeira vez, explicou-me que esta era a sala de onde se controlava o aeroporto e que a sua colocação perto da casa de banho era meramente estratégica, pois podia prevenir males maiores mais rapidamente. A sala estava mal iluminada, mas a luminosidade foi suficiente para ver várias televisões desligadas que certamente teriam ligações às câmaras dispostas pelo aeroporto a fora. Conduziu-me a um elevador, após ter percebido, pelos poucos ecrãs que funcionavam, quando seria a melhor altura para esquivar. Descemos vários minutos do andar "1" até ao "0", e rapidamente me apercebi que o que se prostrava diante de mim era uma base militar escondida debaixo do aeroporto, que, segundo Achlil (seu nome) tinha ligação à cidade e ao palácio do presidente. Não me custou a acreditar. A estrutura, cavada cerca de 500 metros abaixo do nível do mar era soberba. Nesse momento, foi-me dado um fato militar e um capacete, para cobrir a minha cara famosa. Entrámos num jipe Mercedes e, após ter sido dada permissão, subimos numa estrada em caracol dez minutos até à superfície, onde o meu condutor acelerou a fundo em direcção, segundo ele, à fronteira com o Afeganistão, uma e cito "pequena tira onde não existe guerra",  por onde seguiríamos pelo Paquistão, onde  e cito "pode dar merda" e finalmente entraríamos na índia por Caxemira, onde e cito "dará merda com certeza". 
Guiámos alternadamente especialmente de noite e soube das suas intenções de desertar. No fundo, dizia ele, "não há um único cidadão tajique que não tenha pensado em desertar, mas, se pensarmos bem, por muito rápido que se fuja, não há sítio para onde fugir. O que nós estamos a fazer é simplesmente estúpido". Sendo militar, Achlil sabia bem os sítios ideais por onde escapulir, sem sermos vistos. Ao sair do Tajiquistão não senti saudades, mas exigi explicações. Perguntei ao meu recente melhor amigo porque razão Rahmon, o presidente me quereria ver morto. Achlil, pensando por onde começar, foi sucinto. Explicou-me que o presidente, quando soube da minha intenção de fuga mandou-me prender e não matar, e , segundo o que se conta, pretenderia ver o meu programa, ao vivo, todos os dias, para todo o sempre... Em relação ao obus que acertou no meu avião, ele explicou que os militares no Tajiquistão não são eficientes a nenhum nível , apenas na intimidação. Como estes vêm de aldeias onde a pobreza é a mais extrema e não têm qualificações para ascender numa sociedade onde isso é impossível, não têm alternativa se não juntar-se ao exército. E, como o dinheiro gasto no armamento é efectivamente gasto apenas no armamento e não na instrução de quem o utiliza, quando o país for invadido, é mais provável que exista "friendly fire" do que propriamente baixas na frente adversária. Anuí com a cabeça apenas e foi neste momento que reflecti sob a frase "os militares não têm instrução/qualificações". Seria Achlil um militar na verdade? Ele soube usar uma granada...
O Afeganistão não foi impossível de ultrapassar. A comida roubávamos, sempre que assaltávamos uma aldeia, fazendo os populares crer que éramos militares afegãos. A água era escassa, mas o combustível aparentava ser infinito, devido à disponibilidade, ao preço baixo e aos bidons que trouxemos. A estrada, sinuosa, era facilmente ultrapassável pelo nosso jipe que, ocasionalmente, fazia atalhos que se revelavam bem vindos.
No Paquistão as coisas amainaram. Estradas de terra bem assinaladas eram constantes e, como Achlil salientou, o armamento presente nesta região da Ásia é essencialmente todo o mesmo, pelo que os veículos, fatos e armas permitem-nos misturar com qualquer tipo de tropas, excepto as indianas, ou "caxemirianas", que têm mais dinheiro.
Rapidamente atingimos Caxemira, movidos essencialmente pela nossa vontade e esta região problemática indiana não se revelou intransponível, como previsto. 
E por motivos de tempo e espaço iremos reduzir a história de Caxemira ao essencial: Confundiram-me com uma mulher e tive de fazer o que as mulheres fazem aos homens na índia para atingirem os seus direitos. Portanto, tirando uns pontos na cabeça, nos braços e várias fugas anais, atingimos Bombaim e meti-me num avião, pago pelo governo Tajique. Achlil, que nunca esquecerei, embora tenha a certeza que ele esteve bastante presente na situação de Caxemira, apesar de não o ter conseguido ver, devido aos homens que me tapavam os olhos consigo mesmos,  a ele, devo-lhe bastante, mas nunca lhe conseguirei agradecer ter sido meigo comigo, quando o meu ânus se reduzia a uma enorme bola de pus encarnada.

Com grande amor,

André Lazarra, Consultor Linguístico

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Más Impressões

Abordamos de novo o tema do Booklet.

É certo que, embora sejamos uma editora conceituada, não estamos a recorrer a nenhuma casa de impressão, que nos cobra 3 euros por cada impressão do Booklet. E também não estamos a usar máquinas apropriadas para o efeito, pois nunca as tivemos, algo que não é surpresa para ninguém, dado o conhecimento que o leitor tem dos nossos anteriores trabalhos.
Neste momento usamos apenas uma impressora HP de média qualidade, que nos fornece um serviço básico, mas insuficiente em termos de verdadeiro profissionalismo. Cada Booklet demora (imprimir correctamente, recortar excessos, alinhar e agrafar) cerca de 25 a 30 minutos a produzir, pelo que os nossos esforços certamente não irão passar despercebidos.
Assim sendo, pedimos que o leitor não mantenha uma má impressão em relação à César Editoras e que entenda que, se por acaso a sua impressão está milimetricamente desviada, então o seu Booklet só demorou 25 minutos a fazer, com muito amor, carinho e um ocasional copo de Benediktiner.

"No fundo, a única má impressão existente é aquela efectuada pela impressora que malfunciona"
   
        - André Lazarra


Aguardamos ansiosamente a sua compreensão,

Gomes, advogado estagiário

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

7 de Novembro Haverá Amor, de Mãe

Data

Depois de todos os atrasos que sofremos, maioritariamente atrasos sofridos pelo Gomes, advogado estagiário, temos todo o prazer possível de anunciar a data final e inalterável do lançamento de Amor De Mãe.

Não é uma mera especulação nossa, como das anteriores vezes. No início pretendíamos lançá-lo dia 25 de Novembro, como uma homenagem aos quarenta anos da morte de uma das nossas grandes referências, Nick Drake, que, tal como nós nunca teve sucesso considerável durante a sua curta vida, mas que sempre trabalhou exercendo a sua arte e não a arte dos outros. No entanto, e apenas porque acreditamos veemente que os nossos seguidores mais não podem esperar, decidimos lançá-lo dia 7, a data que nos pareceu mais razoável. Assim, teremos tempo para fabricar álbuns suficientes para a data agora marcada, na qual esperamos uma procura nunca antes vista.

Pré-Encomendas

As pré-encomendas deverão ser dirigidas ao nosso mail oficial: 

andrelazarracesareditoras@gmail.com


O preço do álbum não é certo, mas não excederá a marca dos 5 euros. 
Em princípio será anunciado dentro dentro de uma semana




Para mais informações relativas ao processo de pré-lançamento do disco e ao que se passa nos bastidores da César Editoras, não hesitem em seguir a empresa nas várias (2) redes sociais onde está presente e, claro, no site oficial onde estão agora.


Melhores cumprimentos,

André Lazarra





sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Arte em "Amor de Mãe"

Não sabemos se sabe, mas a arte que envolve um álbum musical não se restringe apenas à música propriamente dita.

Assim, decidimos há cerca de 5 meses iniciar um embelezamento de Amor De Mãe, iniciando dois projectos diferentes: um Booklet e uma Ilustração no CD. Agora revelamos os detalhes.

O BOOKLET

Este será constituído por 14 páginas devidamente ilustradas, cada uma possuindo uma característica única que a difere de todas as outras. A cada folha que vira, letras de músicas e imagens a estas associadas aparecerão, convidando-o a melhorar a sua experiência musical.
O Booklet será inserido na caixa do CD, participando activamente na sua aparência, fazendo parte da capa do álbum.

Ilustração do CD

Ocorreu-nos também que, com a quantidade de discos pirateados e gravados em CDs praticamente todos iguais seria uma excelente ideia distanciar o nosso da possibilidade de este se vir a perder numa pilha de indiferença. Não pretendemos que esta obra à qual foi dedicado tanto do nosso tempo se perdesse debaixo de um banco de um carro, ou num porta-luvas, pela simples razão de não ser distinguível do mix que o condutor organizou para uma anterior viagem.
 Assim sendo iremos investir de igual forma numa impressão em papel especial, que irá ser colada no topo do CD propriamente dito, para dar ao referido outro ar e também ao comprador uma melhor forma de organizar as suas colectâneas.


Melhores cumprimentos,

André Lazarra

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Amor De Mãe - Gravações Terminadas

Se estiver farto de procrastinações e más notícias relativas ao álbum que tanto espera desde Setembro (que agora sairá em Outubro), poderá ser uma excelente notícia saber que, dado que as gravações musicais estão completas e, se algo necessitar de ser alterado será um mero detalhe, focamo-nos agora inteiramente na produção e apresentação das cópias que chegarão a sua casa.
No princípio do próximo mês de Novembro iremos assim ter as suficientes para colmatar a procura que gostamos de acreditar que será intensa. Desta forma, não será ousado dizer que não irão surgir mais procrastinações dentro da infindável produção de Amor De Mãe.

Em relação ao preço, os nossos dados ainda não são suficientes para o apontar, pelo que o diremos, se tudo correr como planeado, uma semana antes do lançamento oficial, que ainda não é certo também.

Melhores cumprimentos,

André Lazarra

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Concerto de Beneficiência

No mês de Setembro, Duarte tocou um concerto especial numa clínica de reabilitação focada em consumidores e retalhadores de haxixe. Foi uma ocasião especial, na qual, a euforia do público foi sempre visível, embora não se tenham nunca levantado propriamente das cadeiras. Eu culpo os coletes!

Sendo assim, se alguém pretender adquirir o fantástico áudio do concerto, no qual Hacka-Me O Coração correu extremamente mal, poderá fazê-lo enviando um email para andrelazarracesareditoras@gmail.com incluindo a sua morada. Não irão haver custos de transporte, visto que o preço do CD são 10 euros. O CD só será entregue dentro de Lisboa e o tempo de espera vai de uma semana (7 dias) a um mês (31 dias).

A Setlist (por motivos de segurança o nome de certas músicas foi escondido no dia 26 de Novembro de 2016):

Eu U
A A Criança
Pequeno Enfarte Do Miocárdio
Baby Hitler
Tu Não És O Meu Filho
Hacka-Me O Coração não aconselhamos a ouvir
Doutor Lino
Jorge Ritto
C E Amor
IMC

29:52 minutos

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Caminhada Pela Vida (2014/10/04)

Se ouviu falar da Caminhada Pela Vida deste ano, antes de esta ter acontecido, provavelmente também soltou uma valente gargalhada, tal como nós.
Infelizmente, caminhada pela vida é um nome que, como iremos ver a seguir, é o mais irónico que podia ter sido escolhido.

Havendo ouvido falar desta ideia revolucionária, tentando exterminar um claro sinal não.invasivo da evolução dos tempos, eu e o Lazarra decidimos, pelas 14 horas passar por esta agregação que de muito promissor nada tinha. O nosso pensamento claramente incidiu no facto de, como em todas as manifestações em Lisboa terminam em confrontos violentos e atitudes lascivas, provavelmente haveria naquela procissão alguns indivíduos dispostos a aprender e cantar connosco as brilhantes e incisivas letras de "Aborta A Criança".
Ao chegar ao largo Camões, não vimos uma manifestação muito idosa, muito menos consciente. O André salientou acertadamente que grande parte dos seus constituintes eram adolescentes e que muitos destes estavam ligados a seitas e causas das quais nada percebem e que, no fundo, estas revertem apenas para o aumentar e fomentar de causas sociais, que, de novo, de social nada têm, a não ser, claro, a famosa causa "Salesianos-Rainha-Cascais". O Social de Lisboa disfarça bem as suas intenções, através de frases como "Viva A Vida", ou "Oh Aborto, vai pó Car...!". A falta de efeito conseguido com esta mini-manifestação acabou por ter o efeito desejado dos seus participantes: Foram vistos, num grupo bastante social, a apoiar uma causa "nobre".

Eu e o nosso Consultor linguístico progredimos e mantivemo-nos na rua, protestando contra o aumentar da liberdade e dos direitos dos cidadãos que de facto têm capacidade para pensar. No entanto, e já fartos de um comportamento repetitivo e oco dos manifestantes, decidimos abortar as nossas prévias intenções e optar por uma via opositora à predominante.
Depois de perguntar várias vezes aos jovens se sabiam o que era de facto o Aborto, tendo como respostas "O contrário da vida" (Parabéns Cinha - André Lazarra), tivemos a sorte de encontrar uma resposta que nos agradou, de quatro jovens de cerca de 25 anos: "A maior invenção do século 17!". Bêbedos ou só extremamente burros, pareceram-nos as "vítimas ideais para iniciar um movimento opositor a este predominantemente superficial. Conspirando num grupo desviado do centro e já providos do esteróide que o grupo nos ofereceu, de nome Tagus, decidimos que, assim que o grupo regressasse da descida da Pedro Álvares Cabral, deixar-nos-íamos ficar para trás e daí, e usando a inclinação a nosso favor, varreríamos aqueles Schonstattianos do mapa. Rapidamente, ainda na subida iniciámos um demorado e processo de recrutamento, entre vários bramidos suportando a vida.

Chegou o momento! No instante em que o grupo se preparou para dar uma demorada e longa inversão de direcção, pusemo-nos, 11 amigos agora em posição e combinámos uma mera táctica, cuja finalidade era varrer, varrer bem, e varrer o máximo.
Quando éramos já os últimos da congregação e parte dos adultos já se tinham ido embora, pois com certeza haviam percebido a ineficácia dos seus filhos, decidimos fazer a nossa investida.
"Abortar!!!" gritámos em uníssono, enquanto levantávamos os punhos no ar.
Descer não foi complicado, pois maior parte das pessoas se afastaram imediatamente. Contudo, passados apenas 15 segundos já existia contacto deliberado. Os nossos recém-amigos mais velhos não se contiveram e espetaram grandes vergastadas nos lombos tenros da juventude ali presente. Mal sabiam, tal como nós, na altura que  grande parte desta gente oca de formatada fazia um desporto de nome reiguebi (foi assim que entendemos), e por isso, não só não se deixaria ficar, como não se deixou, como também infligiu impetuosamente violentos "selos" nas "trombas" dos nossos.
Rapidamente nos apercebemos do nosso erro, e voltámos para trás para ver, de um ponto alto, a confusão na qual tivemos mais culpa do que qualquer pessoa ali, prostrada ou não. Mas essa culpa só nos atingiu por breves minutos. Quando tudo parecia perdido para os 4 nossos ex-amigos que restavam, uma vaga de bufos e agentes infiltrados imrompeu do meio dos atletas contrários e, à queima-roupa iniciou também movimentos ofensivos e pró aborto.
Era uma mancha azul-cor-de-laranja versus uma mancha encarnada.

Cadeiras voavam, de onde não saíamos, e rapidamente, dada a enorme batalha, igualmente equilibrada e renhida fomos obrigados a contornar a Avenida, tendo-nos encontrado encurralados diante da loja de moda de proa Ucraniana, Ofraglov. Quando tudo parecia que não poderia mais piorar, os nossos reflexos nos vidros manchados da já fechada loja desvaneceram-se, quando uma rapariga, pró-vida, que tentava acalmar o seu namorado, foi defenestrada pela loja a dentro. Felizmente, como maior parte das pessoas pertenciam às elites Cascaisianas, nada dessa loja foi roubado. Tendo-se os ânimos virado de novo para perto de nós, entrámos na loja, empurrados por uma força que nos excedia. Depois de passar por cima da defenestrada e ensaguentada rapariga, encostámo-nos à parede mais longínqua da entrada, enquanto víamos mais defenestrações e o caos, para alegria do André Lazarra, se instalava na loja, que nenhuma opinião tinha sequer na matéria do aborto. Mais apertada, que o Urban, mas com a mesma quantidade de raparigas indefesas, a Ofraglov aparentava ter recebido uma nova colecção de peças encarnadas e, no momento em que uma senhora idosa sobrevoava a minha cabeça e atingia a caixa registadora, avistei uma camisa, cujos traços me prenderam a atenção. Quanto custaria? Nesse dia nada importava. Esgueirando-me entre as pessoas que pareciam lutar mais pela sua vida do que a dos seus futuros filhos, enquanto alternava entre "Viva a Vida" e "Aborta A Criança!", atingi a prateleira onde a camisa estava guardada. Surpresa a minha quando uma rapariga nos seus doze anos me agarra a mão e diz, com demasiada calma "Não se rouba". Enfurecido com a atitude da pita, gritei-lhe, ao ouvido, "Que tenhas a menarca!", e vergastei-lhe a bochecha com as costas da minha mão esquerda. Para terminar as suas intenções malignas, saltei da estante onde me havia pendurado e aterrei o meu ombro na sua barriga exposta e vulnerável. O bramido que soltou, não veio sozinho, pois uma enorme mancha de sangue lhe saiu pelas calças. A menarca?! Mais tarde saberíamos que a menarca dessa rapariga jamais viria, pois o que eu lhe fizera, naquele momento, havia-lhe rebentado o útero e laqueado as trompas, as trompas do Falópio, que imaginámos ser seu pai.
Agora estendida sobre o chão desarrumado e húmido, e antes de ter levado com vários cabides em cima, desta vez não por nossa culpa, guardei tempo para uma gargalhada final e para um chuto que, contrariando a minha intenção, finalizador não foi.
O momento estava fantástico! A polícia só se fez notar dez minutos após o início dos confrontos, embora estivesse lá desde o início. Talvez seja assim a forma de Deus atuar também, quem sabe? Mas ao contrário do Omnipresente Ser, a PSP revelou-se inútil nos momentos fulcrais e, ironicamente, dois minutos antes do cessar fogo, e ainda dentro da loja ucraniana, um rapaz lembrou-se de utilizar os cabides para tentar infligir golpes num homem de meia idade enfurecido. Saberia mesmo ele que esse instrumento aparentemente inofensivo poderia tirar vidas também (wink wink)?! Azar o nosso, ao levantá-los, reparou na sua irmã deitada no leito da morte (não morreu!) a seus pés. Esta, com as suas forças finais (não morreu!!) apontou para mim e para o Lazarra incriminando-nos sem fundamento! Ao levantar os olhos agora mais cerrados que nunca, tal como os seus punhos, reparámos que era o Taveira, um dos nossos ex-amigos, com o qual havíamos começado a manifestação. Agradável ou não, era uma coincidência notável. Tendo passado por cima da sua familiar, dirigiu-se a nós com toda a ceguez de um Homem atraiçoado, injustiçado e ainda não defenestrado. E teria chegado mais perto de mim, não fosse a sua ceguez tão ou mais atraiçoadora que eu e o André, e tão mais forte e controladora da sua pessoa que a racionalidade que nunca nos pareceu que lhe fosse inerente, e que se tivéssemos de a avaliar, acharmo-la-ia nula. André esse, sempre precavido e pragmático, tinha chegado à primeira gaveta do balcão, no momento em que o Taveira iniciava a sua corrida. Sem falhar, com pontaria invejável, vinda dos jogos de "Arcade" que jogava enquanto criança disparou duas vezes, e acertou por uma vez na rótula do infractor, que não teve hipótese senão cair sobre o chão, numa dor agonizante. A segunda bala? Essa não falhou propriamente...porque acertou em cheio na anca imóvel da rapariga que ainda se esvaía em sangue, tendo estilhaçado o seu cóccis dentro da sua pele, imobilizando-a ainda mais...
O cenário, apesar do elevar de agressividade daqueles que pareciam ser os mais inofensivos não mudou, isto é, não piorou para os membros da César Editoras. Tal era a agitação dentro da loja, que, do nada uma labareda de 2 metros de altura surgiu do chão e cobriu prateleiras e balcões. Assim que essa chama se alastrou pela loja e espantou as desprevenidas pessoas, ninguém mais lutou, excepto a gerente da Ofraglov (contra o fogo) e os civis apressaram-se em direcção à saída.
A nossa passagem foi coberta, mas felizmente uma pessoa, não deliberadamente já havia conseguido iniciar um buraco na parede frágil do fundo da loja, onde nos havíamos encostado antes e não nos foi difícil, usando cadeiras e um martelo pneumático que lá estava perdido, aumentar a fenda e sair pela brecha. Saltámos para o parque de estacionamento que a dois metros da abertura ficava e evadimo-nos.

Não sabemos totalmente o que poderá ter acontecido aos dois jovens que ferimos com severa gravidade, e na verdade, as provas necessárias terão com certeza sido destruídas pelo fogo, o imperdoável.
Assim vos entregamos esta história, que, como salientámos anteriormente, de vida tem muito pouco, e de morte não tem nada (ela não morreu!!!), mas de vida tem muito pouco.
Se isto for usado em tribunal contra nós, e apenas nesse caso, considere o texto puramente ficcional.


Melhores cumprimentos,

A equipa da César Editoras

NB: O André Lazarra voltou do Tajiquistão.